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sábado, 4 de junho de 2011

A HORTA DO ZÉ

Neste quintal, do Zé, tudo está pujante: a horta, as flores, as árvores.
A horta onde as gramíneas (o grão-de-bico e o chícharo) entrelaçam as suas hastes em clima de fraternidade; as batateiras floridas e os tomateiros parecem alegrar-se com tamanha ternura e onde, por sua vez, os morangos, os maracujás e os kiwis assistem, empenhados no seu processo de amadurecimento e crescimento é um  exemplo vivo de como na Natureza tudo é harmonioso.

A emoldurá-la estão as flores, de cores e cheiros variados.


As frutíferas, essas altaneiras(cerejeiras, ameixieiras,figueiras, pereiras, macieiras e marmeleiros), supervisionam todo o espaço oferecendo-lhe a sua sombra, em dias de calmaria.

Neste quintal tudo é tratado com muito empenho e carinho  o que se reflecte na qualidade dos seus produtos os quais suprem as necessidades alimentares de muitos.

A mim já me proporcionou inúmeros momentos de prazer gastronómico.

Bem-haja ao seu cuidador - o Zé- e que possa continuar a sua tarefa, é o meu desejo.


PASSEIO ENERGÉTICO

Já nos fomos habituando aos passeios pedestres, desta vez deixámos o rio Lis e fomos  para uma paisagem mais natural e rural.

Caminhámos (eu e duas amigas)por entre oliveiras, azinheiras e vegetação rasteira onde os vários cambiantes de cores, cheiros e sons, numa doce combinação,nos envolviam e nos convidavam à meditação e ao relaxe. 


Os vários grupos que íamos encontrando, em oração, também tornavam este espaço único, místico...

As imagens religiosas, que ladeavam o nosso percurso, aumentavam a transcendência do local onde a natureza  é a privilegiada.


No meio do campo fomos descobrindo ervas, plantas aromáticas e flores, que nos avivaram memórias da nossa infância ( as papoilas, as margaridas, as alcachofras, as ....). Com elas fazíamos bonecos, colares,pulseiras. Já  as alcachofras, essas queimávamo-las nas fogueiras dos Santos  Populares.



Pelo caminho, furtivamente, colhemos algumas, não fosse aparecer o vigilante e apanhar-nos em flagrante. 
Apenas quisemos perpetuar o momento trazendo connosco aquelas que mais memórias nos traziam. 

No final da caminhada abrigámo-nos numa "cabana", que os ramos de uma figueira, tão artisticamente, desenharam.
Aí, saboreámos as afamadas laranjas do Pafarrão (que leváramos na mochila).


A manhã não podia terminar sem que pecássemos um pouco e fomos deliciar-nos com a célebre tosta "Pecado"...

Terminámos visitando uma fábrica de artigos religiosos, cujo proprietário(que já não víamos há cerca de 30 anos) amavelmente se dispôs a mostrar-nos e a ser o nosso anfitrião.


Foram tantas as memórias que avivámos nesta manhã!...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

DIA DA ESPIGA



Hoje foi o dia da espiga.

Não fui apanhá-la mas a M., uma amiga, que presenteia frequentemente as amigas com alguns mimos, deslocou-se aos Valinhos e aí apanhou a espiga para ela e mais duas amigas. 
Foi mais um gesto lindo, revelador de uma grande amizade e  um enorme espírito de doação.

Agradeço de todo o coração, amiga! 

Esta tradição, ainda mantida por alguns, levava aos campos grupos de pessoas que iam apanhar a espiga: um raminho de oliveira, que simboliza a paz; um malmequer branco, que simboliza a prata; um malmequer amarelo, que simboliza o ouro; uma espiga, que simboliza o pão e uma papoila, que simboliza a alegria.
Este ramo, atado com o próprio pé da espiga pendura-se em casa, junto da porta da entrada, e aí deverá ser mantido até ao ano seguinte até ser substituído por outro.

Em algumas aldeias os raminhos eram benzidos pelo padre.

Portanto, o raminho da espiga trazia/traz boas energias e bênçãos para a casa.
Disso continuamos a precisar hoje, por que não continuar a tradição?!...