Caminhámos (eu e duas amigas)por entre oliveiras, azinheiras e vegetação rasteira onde os vários cambiantes de cores, cheiros e sons, numa doce combinação,nos envolviam e nos convidavam à meditação e ao relaxe.
Os vários grupos que íamos encontrando, em oração, também tornavam este espaço único, místico...
As imagens religiosas, que ladeavam o nosso percurso, aumentavam a transcendência do local onde a natureza é a privilegiada.
No meio do campo fomos descobrindo ervas, plantas aromáticas e flores, que nos avivaram memórias da nossa infância ( as papoilas, as margaridas, as alcachofras, as ....). Com elas fazíamos bonecos, colares,pulseiras. Já as alcachofras, essas queimávamo-las nas fogueiras dos Santos Populares.
Pelo caminho, furtivamente, colhemos algumas, não fosse aparecer o vigilante e apanhar-nos em flagrante.
Apenas quisemos perpetuar o momento trazendo connosco aquelas que mais memórias nos traziam.
No final da caminhada abrigámo-nos numa "cabana", que os ramos de uma figueira, tão artisticamente, desenharam.
Aí, saboreámos as afamadas laranjas do Pafarrão (que leváramos na mochila).
A manhã não podia terminar sem que pecássemos um pouco e fomos deliciar-nos com a célebre tosta "Pecado"...
Terminámos visitando uma fábrica de artigos religiosos, cujo proprietário(que já não víamos há cerca de 30 anos) amavelmente se dispôs a mostrar-nos e a ser o nosso anfitrião.
Foram tantas as memórias que avivámos nesta manhã!...
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