Hoje foi o dia da espiga.
Não fui apanhá-la mas a M., uma amiga, que presenteia frequentemente as amigas com alguns mimos, deslocou-se aos Valinhos e aí apanhou a espiga para ela e mais duas amigas.
Foi mais um gesto lindo, revelador de uma grande amizade e um enorme espírito de doação.
Agradeço de todo o coração, amiga!
Esta tradição, ainda mantida por alguns, levava aos campos grupos de pessoas que iam apanhar a espiga: um raminho de oliveira, que simboliza a paz; um malmequer branco, que simboliza a prata; um malmequer amarelo, que simboliza o ouro; uma espiga, que simboliza o pão e uma papoila, que simboliza a alegria.
Este ramo, atado com o próprio pé da espiga pendura-se em casa, junto da porta da entrada, e aí deverá ser mantido até ao ano seguinte até ser substituído por outro.
Em algumas aldeias os raminhos eram benzidos pelo padre.
Portanto, o raminho da espiga trazia/traz boas energias e bênçãos para a casa.
Disso continuamos a precisar hoje, por que não continuar a tradição?!...
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